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quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Resumo do livro equador de Miguel Sousa Tavares

Equador é um romance onde a ficção se mistura com factos históricos, ambientado no início do século XX e nos últimos anos da monarquia portuguesa, o livro coloca-nos em contacto com a sociedade daquela época e seus costumes e com o trabalho escravo, persistente em algumas colónias mesmo após a abolição da escravatura.

Luís Bernardo é um homem de 37 anos, amante das artes, da cultura e de belas mulheres. Graduado em Direito em Coimbra, dirige entediado a empresa que herdou do pai. O seu interesse pela Questão Colonial, a fama de bom conversador, as suas boas relações e a fluência nos idiomas inglês e francês, acabam por produzir uma mudança radical em sua vida.
Em Dezembro de 1905, Luís Bernardo é chamado por El-Rei D. Carlos a Vila Viçosa. Ele não sabia que teria de trocar a sua vida despreocupada na sociedade cosmopolita de Lisboa por uma missão tão patriótica quanto arriscada numa das colónias portuguesas, nomeadamente, na ilha de S. Tomé.
Deste modo, assumindo o cargo de governador e a defesa da dignidade dos trabalhadores das roças, sairia honrosamente de um affair com uma mulher casada, porém não fazia ideia que este desafio o lançasse numa rede de conflitos de interesses com a metrópole.
O anterior governador português de S. Tomé era uma pessoa bem vista pelos donos das roças, pois pactuava com o monopólio e o uso da escravidão como força laboral, de modo ter os maiores rendimentos a preços mais baixos.
Isto merecia a atenção dos ingleses, que também tendo companhias que estavam no mercado do cacau e do café que sendo de qualidade um pouco inferior tinha a desvantagem de ser obtido com mão de obra paga o que aumentava o seu preço fazendo com que a venda destes mesmos produtos disponibilizados por Portugal fosse mais elevada. De modo a verificar se Portugal estaria a tentar controlar a escravatura então abolida por todas as nações a nível mundial um embaixador inglês é fixado em S. Tomé. Luís bernardo vai assim com uma missão quase impossível.
Já em S. Tomé, estabelece então uma relação de respeito com o cônsul inglês, este cônsul enviado das índias para são Tomé por ter acabado de destruir uma carreira politica promissora devido ao seu vicio pelo jogo e como “despromoção” foi-lhe oferecido este cargo pois apesar de tudo era um homem correcto e respeitado, mas Luís Bernardo nunca esperaria se vir a apaixonar pela mulher do mesmo.
O cônsul não conseguia ver Luís como um adversário pois gostava bastante dele, não percebia como ele aceitara este cargo de defesa de uma causa que seria bastante árdua de defender

O personagem vê-se, então, confrontado com a hipocrisia humanística do governo, não do rei, este por saber que a administração era errada queria ter a oportunidade de a modificar, mas por ficar mal visto perante os conselheiros, burguesia e imprensa nada fazia, que apenas o enviaram para o arquipélago para “inglês ver” e não para alterar o modo de administração da ilha. Os ingleses na realidade estavam apenas preocupados com a concorrência que os produtos das colónias portuguesas faziam aos das suas, o seu próprio idealismo e as condições particulares da economia de São Tomé e Príncipe.




No final, o autor apresenta-nos um outro significado para a palavra Equador. Ao mesmo tempo, linha imaginária de fronteira entre dois mundos e contracção da expressão é-cum-a-dor, em português antigo.





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Espero ter ajudado
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