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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Bolsas afundam devido à possibilidade de incumprimento da dívida do Dubai

As praças europeias estão a registar as maiores quedas das últimas três semanas, com os investidores assustados pela possibilidade do emirato do Dubai entrar em incumprimento da sua dívida.
Os mercados europeus estão a recuar entre 1,70 e 2,11%, ao mesmo tempo que os mercados obrigacionistas estão em forte alta e o custo de incumprimento da dívida emitida pelo Dubai sobe mais 131 pontos base para os 571 pontos base, avança a Bloomberg.
Os títulos do sector financeiro estão a ser particularmente afectados pelos temores gerados pelo Dubai. As acções do Barclays, do HSBC, do BNP Paribas e do Deutsche Bank estão a perder entre 3,7 e 5,3%.

Os receios criados por um incumprimento da dívida por parte do Dubai penalizaram também as praças asiáticas, com o índice de Xangai a afundar 3,6% e a bolsa de Hong Kong a perder 1,78%. As bolsas norte-americanas estarão hoje encerradas, para o feriado do Dia de Acção de Graças.
O Dubai abalou ontem os mercados internacionais depois da sua holding estatal Dubai World ter proposto o adiamento dos pagamentos da sua dívida, notando que não existe sequer a possibilidade de discussão antes de Maio de 2010.
Esta proposta levantou a possibilidade deste emirato do Golfo Pérsico não pagar as suas dívidas, o que seria o maior caso de incumprimento por parte de um país desde a Argentina em 2001.

O pedido do Dubai é agravado pelo facto do Emir Mohammed Bin Rashid al-Maktoum ter afirmado, apenas há duas semanas, que o emirato de Abu Dhabi estava a ajudar o território a pagar as suas dívidas, pelo que toda a capacidade dos países do Golfo Pérsico de pagar as suas dívidas está a ser seriamente questionada pelos investidores.

“O Dubai não está a fazer favor nenhum ao apetite pelo risco, e os mercados continuam piscologicamente muito frágeis. Ainda estamos num ambiente onde nos encontramos vulneráveis a todo o tipo de choques financeiros, e este é um deles”, disse à Bloomberg Russell Jones, director para o mercado de receita fixa da RBC Capital Markets.

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